O “Plano Collor” refere-se a um conjunto de medidas econômicas implementadas pelo então presidente do Brasil, Fernando Collor de Mello, em março de 1990. O plano tinha como objetivo controlar a inflação, que atingia níveis extremamente elevados na época.
Alguns dos principais pontos do Plano Collor incluíam:
Confisco de Ativos Financeiros:
- Uma das medidas mais polêmicas foi o confisco de ativos financeiros de grande parte da população. Contas correntes e poupanças foram bloqueadas e uma parte dos recursos foi convertida em títulos do governo, os chamados “overnight”.
Congelamento de Preços e Salários:
- Foi estabelecido um congelamento de preços e salários para tentar controlar a inflação. A ideia era interromper a espiral inflacionária.
Abertura Comercial e Industrialização:
- Buscou-se promover a abertura comercial e a industrialização, como forma de modernizar a economia.
Desvalorização da Moeda:
- Houve uma mudança no padrão monetário, com a criação do “cruzado novo” e, posteriormente, o “cruzeiro”.
Apesar das intenções de estabilizar a economia, o Plano Collor enfrentou críticas e encontrou resistência por parte da população. O confisco dos ativos financeiros gerou descontentamento generalizado e protestos. Além disso, as medidas não foram suficientes para resolver os problemas estruturais da economia brasileira.
Em decorrência de uma série de denúncias de corrupção, Fernando Collor de Mello sofreu um processo de impeachment em 1992, tornando-se o primeiro presidente do Brasil a passar por esse processo. O vice-presidente Itamar Franco assumiu a presidência e deu continuidade à condução da economia, implementando posteriormente o Plano Real, que efetivamente estabilizou a moeda brasileira.