O Tratado de Methuen (1703)

O Tratado de Methuen, assinado em 1703 entre Portugal e Inglaterra, foi um acordo comercial que teve um grande impacto na economia portuguesa. O tratado estabeleceu tarifas favoráveis para o vinho português importado pela Inglaterra em troca da redução das tarifas sobre a importação de tecidos ingleses em Portugal. Isso resultou em uma dependência econômica de Portugal em relação à Inglaterra, prejudicando sua indústria têxtil e contribuindo para um declínio econômico a longo prazo.

O Tratado de Methuen contribuiu para a Primeira Revolução Industrial ao fortalecer a posição da Inglaterra como líder na produção têxtil. Com a redução das tarifas sobre os tecidos ingleses em Portugal, houve um aumento significativo na demanda por produtos têxteis britânicos. Isso incentivou o crescimento da indústria têxtil na Inglaterra, impulsionando a produção em larga escala e a inovação tecnológica. Além disso, o tratado desencorajou a diversificação da economia portuguesa, levando-a a se concentrar mais na produção de vinho em detrimento de outras indústrias, o que acabou intensificando a dependência econômica de Portugal em relação à Inglaterra. Essa dinâmica contribuiu para o surgimento de um padrão de comércio desigual que favoreceu o desenvolvimento industrial na Inglaterra, enquanto limitava o crescimento econômico em outras partes da Europa.

Os personagens principais envolvidos no Tratado de Methuen foram:

  1. D. João V de Portugal: Monarca português que reinou durante a assinatura do tratado. Ele autorizou a negociação e ratificação do acordo.
  2. Robert Methuen: Diplomata britânico e negociador-chefe do tratado. Ele representou os interesses da Inglaterra nas negociações comerciais com Portugal.

Esses dois personagens desempenharam papéis-chave na elaboração e assinatura do tratado, que teve um impacto significativo nas economias de ambos os países.