História do Parlamento Inglês

O Parlamento inglês tem suas raízes na Inglaterra medieval, com origens que remontam ao século XI. Ele evoluiu ao longo do tempo, passando por várias transformações políticas e sociais. Uma de suas primeiras formas foi o “Witenagemot”, um conselho de nobres e líderes que aconselhava o rei. Posteriormente, durante o reinado de Eduardo I, o Parlamento começou a tomar forma como uma instituição representativa, com a criação da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes. Ao longo dos séculos, o Parlamento inglês consolidou seu papel como órgão legislativo e de controle do governo.

A representação política na Inglaterra tem suas origens na Idade Média, quando o conceito de representação começou a surgir em várias sociedades ao redor do mundo. Na Inglaterra, isso se manifestou inicialmente com o “Witenagemot”, um conselho de nobres e líderes que aconselhava o rei. Embora não fosse uma forma democrática de representação como a entendemos hoje, o Witenagemot proporcionava uma maneira para os nobres expressarem suas opiniões e influenciarem as decisões políticas.

Com o tempo, especialmente durante o reinado de Eduardo I no século XIII, a ideia de representação política começou a se desenvolver mais claramente com a convocação de representantes das comunidades locais para participarem do Parlamento. Inicialmente, esses representantes eram principalmente nobres e líderes locais, mas gradualmente evoluíram para incluir membros da classe média e, eventualmente, eleitos populares na Câmara dos Comuns.

Essa evolução foi impulsionada por uma série de fatores, incluindo mudanças sociais, econômicas e políticas, bem como pressões dos cidadãos por uma maior voz nas decisões governamentais. Ao longo dos séculos, o sistema representativo na Inglaterra continuou a se desenvolver e se adaptar, eventualmente dando origem a um sistema parlamentar democrático moderno.

O Witenagemot foi uma assembleia política e consultiva na Inglaterra durante os períodos anglo-saxão e medieval, do século VII ao século XI. O termo “Witenagemot” deriva do inglês antigo e significa “conselho dos sábios” ou “assembleia dos sábios”. Aqui estão alguns detalhes sobre o Witenagemot:

Composição: O Witenagemot era composto por uma seleção de nobres, líderes religiosos e outros dignitários importantes. Inicialmente, era dominado por nobres e líderes locais que aconselhavam o rei sobre assuntos políticos, judiciais e religiosos.

Funções: O Witenagemot tinha várias funções. Ele aconselhava o rei em questões importantes, como a nomeação de altos funcionários e a legislação. Além disso, tinha poderes judiciais e muitas vezes era convocado para julgar casos importantes. Também desempenhava um papel na elaboração de leis e políticas.

Convocação e Liderança: O Witenagemot era convocado pelo rei quando necessário, geralmente em ocasiões importantes, como coroações, assembleias gerais ou em momentos de crise. O rei presidia as reuniões, embora os nobres e líderes presentes tivessem uma influência significativa nas decisões tomadas.

Declínio: O Witenagemot começou a declinar em importância durante o período normando, após a Conquista Normanda de 1066. O novo regime normando introduziu instituições políticas e administrativas diferentes, como o sistema feudal e o Grande Conselho, que gradualmente substituíram o Witenagemot como principal órgão consultivo do rei.

Embora o Witenagemot não tenha sido uma instituição democrática no sentido moderno, ele representou um precursor das assembleias e parlamentos posteriores na Inglaterra, que desempenharam um papel crucial no desenvolvimento da governança e da representação política no país.

O Grande Conselho, também conhecido como o Conselho Real, foi uma instituição política introduzida na Inglaterra após a Conquista Normanda de 1066. Aqui está uma explicação detalhada do Grande Conselho:

Origem: O Grande Conselho foi estabelecido por Guilherme, o Conquistador, após sua vitória sobre Haroldo II na Batalha de Hastings. Como parte de seu esforço para consolidar o controle sobre o reino inglês, Guilherme criou o Grande Conselho como uma instituição para aconselhamento e apoio ao monarca.

Composição: O Grande Conselho era composto pelos principais nobres, líderes religiosos e oficiais de destaque do reino. Diferentemente do Witenagemot anglo-saxão, que incluía uma gama mais ampla de nobres e líderes locais, o Grande Conselho era mais seletivo e incluía principalmente os barões normandos e seus aliados.

Funções: O Grande Conselho aconselhava o rei em questões políticas, militares, judiciais e administrativas. Ele desempenhou um papel importante na elaboração de leis, na nomeação de altos funcionários e na concessão de terras e títulos. O Conselho também era convocado para discutir questões importantes relacionadas à guerra, paz e relações com outros reinos.

Poderes Limitados: Embora o Grande Conselho fosse uma importante instituição política na Inglaterra medieval, seus poderes eram limitados em comparação com os monarcas posteriores. O rei ainda detinha o poder final de decisão, e o Conselho servia principalmente como um órgão consultivo e de apoio ao monarca.

Evolução: Ao longo do tempo, o Grande Conselho evoluiu para se tornar o Parlamento inglês, que incluía a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns. Essa evolução refletiu mudanças na sociedade e na política inglesa, incluindo uma maior representação de diferentes grupos sociais e uma gradual limitação do poder monárquico em favor de um governo mais parlamentar.

O Witenagemot era uma assembleia de conselheiros e nobres na Inglaterra Anglo-Saxônica, enquanto o Grande Conselho era uma instituição semelhante na Inglaterra medieval, especialmente durante o reinado dos monarcas normandos e angevinos. Ambos desempenharam papéis consultivos e legislativos, embora suas composições e funções específicas pudessem variar ao longo do tempo e de acordo com os governantes.

EventoData aproximadaDescrição
Invasão Anglo-SaxônicaSéculo VTribos germânicas invadem a Britânia, estabelecendo reinos independentes.
Unificação de WessexSéculo IXRei Alfredo, o Grande, une os reinos anglo-saxões sob seu domínio.
Batalha de Hastings1066Guilherme, o Conquistador, da Normandia, derrota Haroldo II e estabelece a dinastia normanda na Inglaterra.
Carta Magna1215Rei João da Inglaterra é forçado a assinar a Carta Magna, limitando o poder do monarca e estabelecendo a lei comum.
Parlamento Model1295O Parlamento é convocado, incluindo nobres e representantes do clero e do povo, para aconselhar o rei.
Revolução Gloriosa1688O rei Jaime II é deposto e Guilherme de Orange e Maria II assumem o trono, estabelecendo o parlamento como soberano.
Ato de Estabelecimento1701Define a sucessão ao trono, estabelecendo a supremacia do Parlamento sobre a monarquia.
Lei do Parlamento de 19111911Restringe os poderes da Câmara dos Lordes, concedendo mais autoridade à Câmara dos Comuns.
Lei do Parlamento de 19491949Aboliu a Câmara dos Lordes como uma casa legislativa hereditária.
Ato Europeu de 19721972Incorporou o direito comunitário europeu à lei britânica, preparando o caminho para a adesão à União Europeia.
Referendo sobre a União Europeia2016O Reino Unido vota para deixar a União Europeia no referendo do Brexit.
Saída do Reino Unido da União Europeia2020O Reino Unido oficialmente deixa a União Europeia após o período de transição pós-Brexit.
Monarquia ConstitucionalSéculo XVIIIA monarquia parlamentar é estabelecida, com o poder do monarca limitado pelo parlamento e pela constituição.
Organização Política Atual da InglaterraAtualmenteMonarquia constitucional com uma democracia parlamentar, incluindo a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes.