Napoleão Bonaparte nasceu em 15 de agosto de 1769, na ilha de Córsega, que havia sido recentemente cedida à França pela República de Gênova. Filho de uma família nobre, mas de poucos recursos, Napoleão foi enviado à França continental para receber uma educação militar. Ele rapidamente se destacou por suas habilidades estratégicas e intelectuais, formando uma base sólida para sua carreira futura.
A Revolução Francesa, que começou em 1789, criou um cenário de instabilidade política e social que Napoleão soube aproveitar. Em 1793, ele teve a oportunidade de mostrar sua competência militar ao retomar a cidade de Toulon dos realistas que a ocupavam com a ajuda de forças britânicas. Seu sucesso nessa campanha lhe rendeu uma promoção ao posto de general de brigada aos 24 anos.
O golpe de Estado de 18 de Brumário, em 1799, foi o evento que catapultou Napoleão ao poder. Aproveitando-se do descontentamento generalizado com o Diretório, o governo então em vigor, Napoleão, com o apoio de outros conspiradores, dissolveu o Diretório e estabeleceu o Consulado, com ele próprio como Primeiro Cônsul. Esse golpe marcou o fim da Revolução Francesa e o início do regime napoleônico.
Como Primeiro Cônsul, Napoleão iniciou uma série de reformas que transformaram a França. Ele reestruturou o sistema legal com o Código Napoleônico, que se tornou a base do sistema jurídico francês e influenciou muitos outros sistemas legais ao redor do mundo. Ele também reorganizou a administração pública, introduziu reformas educacionais e promoveu o desenvolvimento econômico e industrial.
Em 1804, Napoleão se coroou imperador, legitimando seu poder através de um plebiscito popular. Sua coroação marcou o início do Primeiro Império Francês. Como imperador, Napoleão buscou expandir o território francês, liderando campanhas militares bem-sucedidas que resultaram no controle de grande parte da Europa continental.
A ascensão de Napoleão Bonaparte foi marcada por sua habilidade estratégica, seu carisma e sua capacidade de aproveitar as oportunidades políticas. Ele soube consolidar seu poder interno enquanto expandia a influência francesa externamente, transformando a França em uma potência europeia dominante. Contudo, sua ambição desmedida eventualmente levou a sua queda, culminando com a derrota na Batalha de Waterloo em 1815 e seu exílio na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821.