O calendário islâmico, também conhecido como o calendário lunar islâmico ou o calendário híjri, tem as seguintes características:
- Base Lunar: O calendário islâmico é um calendário lunar, o que significa que ele se baseia nas fases da lua para determinar os meses. Cada mês começa com a observação da primeira lua nova.
- 12 Meses: O calendário islâmico consiste em 12 meses, como o calendário gregoriano, mas eles têm comprimentos diferentes. Alguns meses têm 29 dias, e outros têm 30, fazendo com que o ano islâmico tenha cerca de 354 ou 355 dias.
- Ano Islâmico: O ano islâmico é mais curto do que o ano gregoriano, que tem cerca de 365 ou 366 dias. Portanto, as datas islâmicas não correspondem diretamente às datas do calendário gregoriano. O início do calendário islâmico está ligado à migração do Profeta Maomé de Meca para Medina, conhecida como a Hégira, que ocorreu em 622 d.C. Esse evento marca o início do calendário islâmico.
- Nomes dos Meses: Os meses no calendário islâmico têm nomes árabes, como Muharram, Safar, Rabi al-Awwal, e assim por diante.
- Importância Religiosa: O calendário islâmico desempenha um papel importante na religião muçulmana, sendo usado para determinar datas de feriados religiosos, como o Ramadan (mês de jejum) e a Eid al-Fitr (festa que marca o fim do Ramadan).
- Desafios na Conversão: Devido às diferenças de comprimento entre os anos islâmico e gregoriano, converter datas entre os dois calendários pode ser complexo. É comum usar calculadoras específicas para essa finalidade.
O islamismo, uma das principais religiões do mundo, possui uma rica história repleta de marcos significativos. Aqui estão alguns deles em detalhes:
- Vida do Profeta Maomé (570-632 CE): O islamismo teve início com a vida e pregação de Maomé, que é considerado o último profeta de acordo com a fé muçulmana. Sua vida e as revelações divinas que ele recebeu estão registradas no Alcorão, o livro sagrado do Islã.
- Hégira (622 CE): A Hégira, a migração de Maomé e seus seguidores de Meca para Medina, marca o início do calendário islâmico e é um evento crucial na história islâmica. É visto como um ponto de viragem na disseminação do Islã.
- A Conquista de Meca (630 CE): Maomé e seus seguidores conquistaram Meca, sua cidade natal, marcando o triunfo do Islã na Arábia. Isso é um evento importante para os muçulmanos e é celebrado na peregrinação anual a Meca.
- O Califado Ortodoxo (632-661 CE): Após a morte de Maomé, seus quatro primeiros califas, conhecidos como “Os Bem Guiados”, lideraram o Islã. Este período é considerado a era dourada do Islã e é uma referência importante para a jurisprudência e a tradição islâmica.
- O Califado de Omíadas (661-750 CE): Os Omíadas estabeleceram o primeiro califado hereditário após a era dos califas ortodoxos e expandiram o império islâmico para fora da Arábia, conquistando territórios significativos, incluindo a Península Ibérica.
- O Califado Abássida (750-1258 CE): Os Abássidas derrubaram os Omíadas e estabeleceram a capital em Bagdá. Este período testemunhou avanços significativos na ciência, filosofia e cultura islâmica, bem como o estabelecimento de uma burocracia islâmica mais sofisticada.
- As Cruzadas (1096-1291 CE): As Cruzadas foram uma série de conflitos entre os cristãos europeus e os muçulmanos pelo controle da Terra Santa. Esses conflitos tiveram um impacto duradouro nas relações entre o Islã e o Ocidente.
- Império Otomano (1299-1922 CE): O Império Otomano se tornou um dos maiores impérios muçulmanos da história, abrangendo partes da Europa, Ásia e África. Durante seu auge, Constantinopla (atual Istambul) foi conquistada, e o Império Otomano se tornou o guardião dos lugares sagrados muçulmanos.
- Desintegração do Império Otomano (19º-20º séculos): O Império Otomano entrou em declínio no final do século XIX e foi desmembrado após a Primeira Guerra Mundial. Isso levou à formação de nações-estado muçulmanas modernas em toda a região.
- Século 20 em diante: O Islã desempenhou um papel importante no cenário global no século 20 e no início do século 21, com eventos como a Revolução Islâmica no Irã, a formação de organizações islâmicas, como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico, e os desafios enfrentados pelo Islã no mundo contemporâneo, incluindo questões de radicalismo e extremismo.