Ditadura Civil-Militar no Brasil – características

Durante o período da ditadura militar no Brasil, que abrangeu de 1964 a 1985, o país teve vários presidentes. Abaixo estão as características dos presidentes desse período:

  1. Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967):
  • Militar do Exército.
  • Instaurou o regime militar em 1964, após o golpe.
  • Foco em estabilizar a economia e consolidar o regime.
  1. Marechal Artur da Costa e Silva (1967-1969):
  • Também um militar do Exército.
  • Seu governo marcou o endurecimento do regime e a promulgação do AI-5, que suspendeu várias liberdades civis.
  1. General Emílio Garrastazu Médici (1969-1974):
  • Outro militar do Exército.
  • Notório pelo “milagre econômico”, um período de rápido crescimento econômico.
  • Também caracterizado por uma forte repressão política.
  1. General Ernesto Geisel (1974-1979):
  • Manteve a estrutura autoritária, mas promoveu uma abertura política gradual.
  • Introduziu a chamada “distensão lenta, gradual e segura”.
  • Iniciou o processo de redemocratização.
  1. General João Figueiredo (1979-1985):
  • Último presidente da ditadura militar.
  • Continuou o processo de abertura política.
  • Promulgou a Lei da Anistia em 1979, permitindo o retorno de exilados políticos.

Esses presidentes representam um período conturbado da história do Brasil, caracterizado por um regime autoritário, censura, repressão política e, em alguns casos, um crescimento econômico notável, mas frequentemente desigual. A redemocratização do país ocorreu a partir do final do governo de Figueiredo, com a promulgação de uma nova Constituição em 1988.

A ditadura militar no Brasil teve sua origem histórica em uma série de eventos que ocorreram ao longo das décadas de 1950 e 1960. Aqui estão os principais eventos em detalhes, em forma de lista:

  1. Golpe de 1964: Em 31 de março de 1964, as Forças Armadas brasileiras lideraram um golpe de Estado que derrubou o presidente democraticamente eleito João Goulart, acusando-o de tendências comunistas. Esse golpe marcou o início da ditadura militar.
  2. Ato Institucional nº 1 (AI-1): Em 9 de abril de 1964, foi emitido o AI-1, que suspendeu a constituição, dissolveu partidos políticos e deu amplos poderes aos militares.
  3. AI-2 e AI-3: Esses atos, promulgados em 1965, permitiram a intervenção nos estados e a nomeação de governadores pelos militares, eliminando a autonomia estadual.
  4. Censura e Repressão: A ditadura implementou a censura à imprensa e perseguiu opositores políticos, levando a prisões, torturas e desaparecimentos forçados.
  5. AI-5: Em 1968, o AI-5 foi emitido, concedendo amplos poderes ao governo militar, permitindo prisões arbitrárias e suprimindo ainda mais as liberdades civis.
  6. Milagre Econômico: Durante a ditadura, houve um período de crescimento econômico (década de 1970), conhecido como “Milagre Econômico”, que trouxe desenvolvimento, mas também concentrou riqueza.
  7. Abertura Política: Pressões internas e externas levaram à abertura política na década de 1980. O processo culminou na eleição indireta de Tancredo Neves em 1985 e na promulgação da Constituição de 1988.
  8. Redemocratização: Em 1985, Tancredo Neves faleceu, e seu vice, José Sarney, assumiu o cargo. O Brasil finalmente se redemocratizou, encerrando o regime militar.

Esses eventos representam uma visão geral da origem histórica da ditadura militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985. Durante esse período, o país viveu um regime autoritário com restrições às liberdades civis e perseguição política.

Durante a ditadura militar no Brasil, que ocorreu de 1964 a 1985, houve uma série de eventos significativos relacionados à cultura. Aqui estão alguns deles:

  1. Censura: O regime militar impôs uma rígida censura à imprensa, ao cinema, à música e às artes em geral. Muitos livros, músicas e obras de arte foram proibidos ou censurados.
  2. Tropicália: O movimento Tropicália, liderado por artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, surgiu na década de 1960 e representou uma resposta cultural à ditadura, mesclando influências musicais diversas e críticas políticas.
  3. Teatro de Resistência: Grupos teatrais, como o Teatro Oficina, produziram peças que criticavam o regime militar, muitas vezes enfrentando perseguição e prisão.
  4. Cinema Novo: O Cinema Novo, movimento cinematográfico brasileiro, abordou questões sociais e políticas, contribuindo para um diálogo crítico sobre a realidade brasileira na época.
  5. AI-5: O Ato Institucional nº 5, de 1968, reforçou o autoritarismo, permitindo a censura prévia, a suspensão de direitos civis e a perseguição de opositores políticos, o que afetou profundamente a produção cultural.
  6. Exílio de Artistas: Muitos artistas e intelectuais foram forçados ao exílio, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que passaram anos fora do Brasil.
  7. Música de Protesto: A música de protesto se tornou uma forma importante de expressão contra o regime, com canções de artistas como Chico Buarque e Geraldo Vandré.
  8. Cinema Censurado: Filmes como “Terra em Transe” de Glauber Rocha tiveram partes censuradas, refletindo a repressão sobre a indústria cinematográfica.