O Conceito de Idade Média
A expressão “Idade Média” não era conhecida pelos homens medievais, que se viam como contemporâneos. Este termo foi cunhado no século XVI, refletindo um preconceito ao considerar o período como um intervalo entre a Antiguidade Clássica e o Renascimento. Este termo ganhou força com o manual escolar de Christoph Keller, publicado em 1688.
Estrutura de Poder e Sociedade
No Período Medieval, o poder se fragmentou a partir do final do século IX, inicialmente no noroeste da Europa e depois em todo o continente. Este poder foi dividido entre príncipes, duques, condes e administradores de fortalezas. Esses homens não eram sagrados como os reis, mas se viam designados por Deus para proteger os padres, mercadores e agricultores, desempenhando funções semelhantes às dos reis, incluindo manter uma Corte e distribuir benesses.
Cultura e Religião
A Igreja Católica desempenhava um papel central na sociedade medieval, sacramentando as relações políticas, econômicas e sociais. Houve uma “feudo-clericalização” das relações, onde as terras da Igreja eram utilizadas pela nobreza. A mentalidade mística da população favorecia justificativas sobrenaturais para as ações da nobreza e a Igreja estava presente em todas as dimensões da vida.
A Catedral de Santiago de Compostela é um exemplo de fé cristã, atraindo peregrinos que acreditavam que os ossos de São Thiago ali estavam, simbolizando o culto às relíquias.
Estrutura Feudal
O domínio territorial do senhor feudal era a base da exploração no feudo, criando uma micro-ordem social. Cada senhor agia como um pequeno rei, extorquindo dos trabalhadores uma parte do que tiravam da terra. O poder senhorial era visto como fragmento do poder real, partilhado entre vários níveis de nobreza.
Economia Feudal
A economia era baseada na agricultura, organizada em um sistema de rotação de culturas (trienal). Cada campo era dividido em faixas cultivadas por diferentes servos, e a produção incluía trigo e cevada com um campo em pousio para recuperação do solo.
Educação e Cultura
A Igreja controlava a educação e a cultura, com monges copiando e preservando textos clássicos e religiosos. A alfabetização era restrita e a vida era orientada pelo teocentrismo, onde Deus explicava todas as coisas.
