O mercantilismo foi uma doutrina econômica predominante nos séculos XVI a XVIII, caracterizada pelo controle estatal da economia e acumulação de riquezas, especialmente ouro e prata. Defendia o protecionismo, buscando superávits comerciais, e a crença de que a riqueza de uma nação era medida pela quantidade de metais preciosos que possuía. Essa abordagem influenciou políticas econômicas, como o estabelecimento de colônias para fornecer matérias-primas e mercados exclusivos. O mercantilismo foi gradualmente substituído por ideias mais liberais, destacando a importância do livre comércio e da competição no desenvolvimento econômico.
- Período: Séculos XVI a XVIII.
- Controle Estatal: Ênfase no controle governamental da economia.
- Acumulação de Riquezas: Busca intensiva por ouro e prata como símbolos de prosperidade.
- Protecionismo: Promoção de políticas que protegem a produção interna e restringem a concorrência estrangeira.
- Superávits Comerciais: Foco na obtenção de superávits na balança comercial para aumentar as reservas de metais preciosos.
- Colonialismo: Estabelecimento de colônias para garantir matérias-primas e mercados exclusivos.
- Nacionalismo Econômico: Ênfase no interesse nacional sobre o global.
- Subsídios e Monopólios: Uso de subsídios estatais e concessão de monopólios para fortalecer a economia nacional.
- Transição para o Liberalismo: Gradual substituição por ideias mais liberais, promovendo o livre comércio e a competição.
- Século XV: Antecedentes com as transformações comerciais e marítimas.
- Século XVI: Surgimento do mercantilismo como doutrina econômica predominante na Europa.
- Século XVII: Consolidação do mercantilismo; políticas econômicas intervencionistas ganham destaque.
- 1600-1800: Expansão colonial intensificada para garantir recursos e mercados exclusivos.
- 1713-1714: Tratado de Utrecht, marco que refletiu mudanças nas políticas econômicas.
- Meados do século XVIII: Críticas ao mercantilismo surgem, abrindo caminho para ideias mais liberais.
- Final do século XVIII: Declínio do mercantilismo; ascensão do liberalismo econômico e da Escola Fisiocrata.
Alguns dos ideólogos notáveis do mercantilismo incluem:
- Jean-Baptiste Colbert: Ministro das Finanças de Luís XIV da França, foi um proeminente defensor do mercantilismo, implementando políticas intervencionistas para fortalecer a economia francesa.
- Thomas Mun: Comerciante e escritor inglês, autor de “England’s Treasure by Forraign Trade” (1664), onde defendeu a busca de superávits comerciais para enriquecer a nação.
- Antoine de Montchrestien: Autor francês que cunhou o termo “economia política” e escreveu sobre a necessidade de regulamentação estatal para promover a riqueza nacional.
- Mercantilistas Espanhóis: Como Diego de Covarrubias y Leyva, que influenciaram as políticas econômicas da Espanha, promovendo o controle estatal e o protecionismo.
- Munehisa Homma: Mercador japonês, muitas vezes considerado um precursor do mercantilismo no Japão feudal, enfatizando a importância do comércio para a prosperidade nacional.
Esses pensadores contribuíram para a formulação e implementação das políticas mercantilistas em diferentes contextos históricos e geográficos.